Tratamento Ambulatorial ou Internação?
- Cristiane Costa
- 12 de ago.
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A dependência química é uma condição complexa que afeta não apenas o indivíduo, mas também sua família, seu trabalho e sua vida social. O uso abusivo de substâncias compromete a saúde física, emocional e mental, podendo levar a problemas graves e até fatais. Por isso, o tratamento especializado é fundamental para a recuperação e a reintegração do paciente na sociedade.
Existem diferentes formas de tratamento, entre elas o ambulatorial e a internação. O tratamento ambulatorial é indicado, geralmente, para casos em que o paciente mantém algum nível de controle sobre o uso da substância e apresenta suporte familiar ou social. Ele permite que a pessoa continue suas atividades diárias, como estudo ou trabalho, enquanto recebe acompanhamento médico, psicológico e terapêutico. Essa modalidade favorece a construção da autonomia e a aplicação imediata das estratégias aprendidas no tratamento no contexto real de vida.
Já a internação é recomendada para casos mais graves, quando o uso de drogas ou álcool coloca a vida do paciente em risco, há risco iminente de recaída, ou quando a pessoa não consegue manter-se abstinente fora de um ambiente protegido. Nesse formato, o paciente permanece em um local estruturado, com supervisão constante e atividades terapêuticas, garantindo segurança, estabilização clínica e um afastamento temporário dos gatilhos externos que estimulam o consumo.
Tanto o tratamento ambulatorial quanto a internação têm papéis importantes, e a escolha da abordagem depende da avaliação profissional, que considera o grau de dependência, as condições de saúde e o suporte disponível. Em ambos os casos, o acompanhamento multidisciplinar — envolvendo médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais — é essencial para trabalhar não apenas a abstinência, mas também as causas e consequências do uso de substâncias.
Investir em tratamento é investir em vida. O apoio profissional adequado, aliado ao envolvimento da família e à motivação do paciente, aumenta significativamente as chances de recuperação e de reconstrução de um futuro saudável e produtivo.
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